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Recitar (rezado ou cantado) o Ofício da Imaculada Conceição é celebrar a Extraordinária e Misericordiosa ação salvadora da Santíssima Trindade. Como se houvesse uma reunião no Céu entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo e, na eternidade o Deus, Uno e Trino, celebrando Aquela que seria profetizada, esperada e criada por causa da Encarnação redentora do Verbo, a Imaculada.
Pelo não da primeira imaculada, mãe dos viventes no pecado original, a tristeza e a condenação foi instaurada, contudo, no sim da segunda Imaculada, Mãe de todos em Cristo Jesus, a redenção se realizou, e toda a criação foi restaurada e a Igreja fundada.
O Ofício da Imaculada Conceição celebra essa maravilhosa realidade. Cada um que o recita, também em comunidade, celebra a ação divina desde a eternidade até no hoje da história. Por isso, rezando-se ou cantando, de geração em geração, se perpetua a profecia contida no Magnificat: “Doravante, todas as gerações me proclamarão bem aventurada, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso, e cujo o nome é Santo. Sua misericórdia se estende de geração a geração sobre os que o temem.” (Lc 1,49b-50).
Passemos a considerar essa oração antiquíssima.
– Agora, lábios meus, dizei e anunciai os grandes louvores da Virgem Mãe de Deus.
O Ofício da Imaculada inicia com o convite através de um advérbio: Agora. Esse advérbio de tempo aponta para o hoje, neste instante ou ainda, o início de uma ação. Nos relembra o mesmo usado por Simeão: “Agora, Senhor, podeis deixar o vosso servo ir em paz, porque meus olhos viram a vossa Salvação, que preparastes diante de todos os povos” (Cf. Lc 2, 29-31). O advérbio usado pelo santo ancião revela a verdade que une o agora da eternidade e o do tempo. Os olhos de Simeão viram o que foi preparado desde a eternidade para os povos. Essa qualidade do agora se encontra também na Santa Liturgia da Igreja, ou seja, vivemos no hoje o que o Senhor atualiza de sua ação Salvífica desde a Eternidade. É o agora do mistério da Encarnação quando se une a Pessoa Divina do Verbo Eterno à natureza humana de Jesus. Também é o agora do cumprimento das promessas da plenitude dos tempos que chegou (Cf. 4,1-21).
– … dizei e anunciai os grandes louvores da Virgem Mãe de Deus.
No Magnificat que, antes de ser da Virgem Maria é de Inspiração do Espírito Santo, encontramos a seguinte profecia, que se cumpre ao recitarmos o glorioso ofício: “… me proclamarão bem aventurada… porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo o nome é santo” (Lc 1,48b-49). E ainda, com as saudações do Arcanjo São Gabriel e santa Isabel: “Alegra-te, plena da graça…” (Lc 1, 28); “bendita és tu entre as mulheres…” (Lc 1, 42). Os louvores entoados no Ofício da Imaculada são o reconhecimento que damos a Deus por nos Salvar em seu Filho, Jesus Cristo, por Maria e, além dessa realidade, reconhecemos como a preparou e a acumulou de todos os benefícios por causa de Nosso Senhor Jesus.
– … Sede em meu favor, Virgem Soberana…
Os clamores iniciais continuam apontando para outra postura orante deste parvo ofício: a confiança total na intercessão da Imaculada. Quem reza assim toma consciência do papel de Maria em sua vida, ou seja, a Mãe de Deus é nossa medianeira junto a seu Filho. Há uma união peculiar e exclusiva entre a Virgem Soberana e o Soberano da Virgem. Ela tem acesso direto a Ele, ao seu Divino Coração formado em seu ventre santíssimo, por obra do Espírito. Como o fez em Caná para que creiamos Nele (Cf. Jo 2,1-12).
– … livrai-me do inimigo com vosso valor…
A batalha espiritual entre a Mulher e sua geração se fundamenta em Gn 3,15 e Ap 12,1ss. O mal é uma realidade que procura desviar a todos os filhos e filhas de Deus de sua presença. Ela, é assim invocada no Ofício como a que nos livra do inimigo de nossa salvação por seu valor, ou seja, por ser a Santíssima Virgem Imaculada e Mãe de Deus. Ela é um escudo, um refúgio, que afugenta o Demônio e todas as suas obras.